Mal do século

Ó criatura inerte
por que fugiste de mim?
Coração de ferro
alma intangível
Não deixou-me ser início,
meio,
tampouco fim

Essa dor que me devora,

faz-me um cadáver.
Corpo sem alma,
coração sem ardor.

E agora,

o que me resta?
Escarrou-me apenas ódio
Comparou-me a um boneco.
Desprezando a minha essência
Enaltecendo o próprio ego

A dor do meu amor

sem correspondência
O teu cheiro e a tua ausência
Cospem minha pobre alma
no cano de esgoto à sete palmos do solo

Se o inferno é o lar dos suicidas,

Prazer Lúcifer, mais um para lhe acompanhar



Letícia Mendes
Lucas Santos


-@meendexleu

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